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“Bota casaco, tira casaco”.
O “pobe” do social media não tem um dia de paz.
Inegável que apesar do TikTok ter crescido tanto nos últimos anos, o Instagram ainda é o centro das estratégias de conteúdo de muitas marcas.
Para quem acompanha o mundo das redes sociais sabe que em 2022 o CEO do Instagram, Adam Mosseri, anunciou que o foco da plataforma eram os vídeos curtos (era nítido o desespero de perder feio para a rede vizinha).
E obviamente que a galera virou os olhos para os vídeos curtos, é só puxar as métricas e fazer um comparativo entre as interações de um reels e imagem/foto. Nem preciso falar quem ganha, certo?
Pois bem, “botou o casaco”? Agora “tira o casaco”.
Depois do eterno janeiro de 2023, o CEO nos trouxe a notícia de que o Instagram extrapolou em focar nos vídeos, e voltou atrás - reseta o game, que as postagens de fotos voltam a ser prioridade na rede.
“Acho que estávamos focados demais no vídeo em 2022 e levamos a classificação longe demais e, basicamente, mostramos muitos vídeos e poucas fotos.
Desde então, balanceamos, então coisas como a frequência com que alguém gosta de fotos versus vídeos e com que frequência alguém comenta em fotos versus vídeos são aproximadamente iguais, o que é um bom sinal de que as coisas estão equilibradas.”
A tentativa de conter o crescimento do TikTok tem passado um pouco dos limites, bem, o próprio CEO na sua fala admite que a rede focou demais nos vídeos.
A mudança pode vir de encontro com a proposta da plataforma desde o início - uma rede de fotos. E se de fato acontecer, grandes chances do Instagram voltar com a sua autenticidade e largar um pouco o pé da rede vizinha.
Hoje o Instagram tem diversos recursos - foto (post único), carrossel, live, stories e os reels. O que é positivo para os creators, já que há mais possibilidades de atingir o público em diferentes formatos, o lado negativo é que o algoritmo não entrega com tanta qualidade, porque até então, o foco são os reels. 🤡
Cabe a rede reestruturar e equilibrar as coisas por lá, será um passo muito importante.
Com essa “reestruturação” entendo que teremos mais equilíbrio nas publicações (no quesito algoritmo). Para os produtores de conteúdo cabe a mesma estratégia, variar as postagens dentro dos recursos que a plataforma oferece, também será uma forma de entender como as coisas irão funcionar por lá.
Por outro lado, os vídeos curtos foram tão enraizados na “cultura” das redes, que essa adaptação deve levar um tempo aos usuários. Afinal, esses vídeos são conteúdos rápidos, de fácil absorção e entendimento.
Mudar de opinião e rever estratégias faz parte, mas a sensação que fica é que o Instagram perde aos poucos sua identidade, tenta de todas as formas correr para competir com o TikTok, extrapola, volta atrás e a gente fica com cara de “ué”.
Na essência, o Instagram foi criado para ser um "álbum de fotos”, ele se tornou uma vitrine para as marcas divulgarem seus negócios, só que a era dos vídeos tomou conta, entendo, o mercado muda rapidamente, ainda mais no digital.
Agora, falar de 2023 em pleno fevereiro é um pouco arriscado, o anúncio é recente, só que com essa inconstância do aplicativo fica difícil saber quando.
Para os social media de plantão, resta dar aquela olhadinha básica nas estratégias, usar os recursos da plataforma e continuar analisando as métricas de pertinho, já que Mosseri avisou sobre a mudança e saiu correndo (rindo de nervoso). Então, não sabemos quando isso ocorrerá na prática, se é hoje, semana que vem ou mês que vem.
É confuso, eu sei! Nesse momento, nos resta dançar conforme a música.
Tem muito mais sobre as Redes Sociais aqui no blog da DiTi.
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